Não gosto de hip hop...a letra é brejeira, não há qualquer ritmo, os temas são recorrentes...Apesar de tudo, descobri esta "Beleza artificial" que não me deixou indiferente por estar tão perto da realidade. Cada vez mais se vive de aparências e a formação pessoal e intelectual deixou de ser importante. Resultado da sociedade em que vivemos?
Bem servidas de peito, com uma peida frenética
são modelos femininos de bombas genéticas
e vestem no corpo para se sobrepor ao intelecto
por isso tem o cérebro torto, deixam sempre o peito aberto
quando usam micro sites querem toda a gente atenta
na rua ou no centro chegam sempre às horas de ponta
todos dão conta, man e qualquer homem esquenta
se não for pra ser montada pra que que serve uma jumenta
Tudo o que elas são está por baixo de uma cueca
o que é que diz uma peida que fala? Merda
o corpo é tudo, então não pode ficar parado
o cérebro é um frustrado, anda sempre desempregado
Mediocridade incorporada numa obra de arte
elas nunca existirão segundo Descartes
Aqui ou acolá,a cena tá toda má,
bué da muchachas na cabeça só têm caca
já disse assim não dá
sai do meu habitat
porque tu não dizes nada, apenas blá blá
É a nova geração, sempre na exibição
querem fama, depois da fama levam difamação
só sabem dizer que sim, concordar com o que disseste
nunca lêem livros que têm muitos caracteres
não são mulheres, são pedaços de carne à paisana
filhas da cultura pimba da TV
Os pensamentos medíocres que só querem que tu lucres
todos os dias novos looks, hoje à noite é pro Lux
onde apanhas grandes mocas com vodkas e brocas
e tocas em cocas, sufocas, convocas o sexo a quem provocas
são tantas polaroids que já te dói os olhos
(Nota:o excerto apresentado não corresponde à letra integral da música)
quinta-feira, 29 de março de 2007
domingo, 25 de março de 2007
quarta-feira, 21 de março de 2007
O spectrum nas nossas vidas...
“A fotografia é uma arte duvidosa” Roland Barthes
A fotografia tem um passado muito recente. Provavelmente, recente demais para todas as dúvidas e filosofias temáticas que todos os dias se criam e reproduzem em torno do spectrum que embalsama almas e momentos.
A história da fotografia está, inevitavelmente, muito ligada à espessa da arte do pincel, ao frio conceito nitchiano da vanglorização do eu retratado numa nua tela branca. A pintura é, comparativamente à fotografia, vazia de espontaneidade e composta por movimentos premeditadamente estudados que faziam com que algo posasse de acordo com as espectativas e fugisse à verdadeira aventura do ser. Assim, a pintura não é o primórdio da imagem fotografica mas sim o primogénito rascunho da obra prima, a fotografia. Na pintura existe um factor imagético que funciona a todo o vapor, comprimindo a realidade ao mínimo indispensável. Muitas vezes ao observar um quadro questiono-me, apesar de todo o poder estético que este tem, “será que existiu?”. Esta é a minha eterna duvida que, muitas vezes pela longevidade e pela falta de registos documentais da sua existência, não pode ser respondida nem argumentada. Mas a fotografia... ai... a fotografia! Essa sim, dá-me a real sensação do que existe, de que algo esteve lá, naquele exacto momento e naquele exacto local. E nesse momento que sou assaltada por outras perguntas que me fazem sentir viva e testemunha da passagem inevitavel e transcendente do tempo. Perguntas como: “será que ainda estão vivas as personagens da fotografia?” “onde é que eu estava nesta altura?”. Perguntas que provavelmente nunca vão ter resposta mas que me fazem sentir envolvida e participante do histórico momento da recordação.
Depois de despirmos a fotografia destes preconceitos históricos, que ridiculamente a ligam a uma evolução tecnológica do pincel e da tela, podemos falar da verdadeira essência fotográfica. O Daguerreotipo evoluiu e com ele evoluiram as mentalidades e os conceitos. Se no inicio poucos eram aqueles que distiguiam a pintura da imagem fotográfica, hoje em dia, é senso-comum que a fotografia não é estática nem compete com a perfeição exigida ao retrato pictórico.
A fotografia vale pelo principio espontâneo pelo qual se rege, pela complexa e compulsiva necessidade da captação do que é insólito e irrepetível. Isto é a fotografia contemporânea, esta é a ideia que todos os dias acompanha o mecânico clique de milhares de instrumentos que reproduzem a realidade em todo o planeta.
A imagem fotográfica é incrivelmente revolucionária, a fotografia incita atitudes e causa sensações. Mas, para isso tem que ter um ponto, um traço que chame a atenção do mais apressado dos espectadores que rotineiramente secanisa as imagens que se repetem monotonamente em diversos jornais. A fotografia não precisa de gritar, basta ser capaz de incitar o desejo, provocar uma sensação, causar algo, positivo ou negativo, a imagem tem que tocar o espectador.
Esta necessária e imprescindível necessidade de tocar o spectator que deve ser imprimida em cada fotografia é da responsabilidade do fotógrafo. Este tem que ser capaz de captar o que é essência e o que é acessório. Desta distinção depende o sucesso, mais interventivo que estético, da fotografia.
O público que assiste atento ao cronológico desenvolvimento da fotografia exige desta uma maior subjectividade. Esta ambiguidade de sentidos prende-se com necessidade que o espectador tem de ter que pensar a foto. Sentimos a obrigatoria necessidade de raciocinar sobre o objectivo final da fotografia, não queremos ser empurrados para a imagem descartável e facilmente consumível, preferimos a descoberta, o encaixar de um quebra cabeças. Mas, a aplicação desta subjectividade deve ser comedida. Não queremos que seja fácil, mas também não queremos que seja indecifrável, pelo menos para a maioria. Deste modo, a fotografia perdia todo o seu caracter interventido e seria apenas um manifesto para alguns, tornar-se-ia elitista. A fotografia é de todos e para todos a perceberem e discutirem!A fotografia trás recordações, arrasta uma infinidade de sentimentos ou simplesmente marca! Mas está intimamente ligada ao captar da espontaneidade de um gesto ou momento que são irrepetíveis perdurando no tempo e no espaço. A imagem fotográfica fica como uma impressão digital em que cada traço é único e inconfundível. Será esta uma arte duvidosa? Sim, mas nenhuma filosofia temática vai desmontar este enorme castelo de cartas que é a duvida sobre a fotografia. Às vezes basta um simpes sopro e passamos a ver tudo de uma forma diferente ou então permanecemos em bicos de pés neste castelo duvidoso que nos proporciona incriveis dicertações, não pretensiosas, sobre o mundo da fotografia.
A fotografia tem um passado muito recente. Provavelmente, recente demais para todas as dúvidas e filosofias temáticas que todos os dias se criam e reproduzem em torno do spectrum que embalsama almas e momentos.
A história da fotografia está, inevitavelmente, muito ligada à espessa da arte do pincel, ao frio conceito nitchiano da vanglorização do eu retratado numa nua tela branca. A pintura é, comparativamente à fotografia, vazia de espontaneidade e composta por movimentos premeditadamente estudados que faziam com que algo posasse de acordo com as espectativas e fugisse à verdadeira aventura do ser. Assim, a pintura não é o primórdio da imagem fotografica mas sim o primogénito rascunho da obra prima, a fotografia. Na pintura existe um factor imagético que funciona a todo o vapor, comprimindo a realidade ao mínimo indispensável. Muitas vezes ao observar um quadro questiono-me, apesar de todo o poder estético que este tem, “será que existiu?”. Esta é a minha eterna duvida que, muitas vezes pela longevidade e pela falta de registos documentais da sua existência, não pode ser respondida nem argumentada. Mas a fotografia... ai... a fotografia! Essa sim, dá-me a real sensação do que existe, de que algo esteve lá, naquele exacto momento e naquele exacto local. E nesse momento que sou assaltada por outras perguntas que me fazem sentir viva e testemunha da passagem inevitavel e transcendente do tempo. Perguntas como: “será que ainda estão vivas as personagens da fotografia?” “onde é que eu estava nesta altura?”. Perguntas que provavelmente nunca vão ter resposta mas que me fazem sentir envolvida e participante do histórico momento da recordação.
Depois de despirmos a fotografia destes preconceitos históricos, que ridiculamente a ligam a uma evolução tecnológica do pincel e da tela, podemos falar da verdadeira essência fotográfica. O Daguerreotipo evoluiu e com ele evoluiram as mentalidades e os conceitos. Se no inicio poucos eram aqueles que distiguiam a pintura da imagem fotográfica, hoje em dia, é senso-comum que a fotografia não é estática nem compete com a perfeição exigida ao retrato pictórico.
A fotografia vale pelo principio espontâneo pelo qual se rege, pela complexa e compulsiva necessidade da captação do que é insólito e irrepetível. Isto é a fotografia contemporânea, esta é a ideia que todos os dias acompanha o mecânico clique de milhares de instrumentos que reproduzem a realidade em todo o planeta.
A imagem fotográfica é incrivelmente revolucionária, a fotografia incita atitudes e causa sensações. Mas, para isso tem que ter um ponto, um traço que chame a atenção do mais apressado dos espectadores que rotineiramente secanisa as imagens que se repetem monotonamente em diversos jornais. A fotografia não precisa de gritar, basta ser capaz de incitar o desejo, provocar uma sensação, causar algo, positivo ou negativo, a imagem tem que tocar o espectador.
Esta necessária e imprescindível necessidade de tocar o spectator que deve ser imprimida em cada fotografia é da responsabilidade do fotógrafo. Este tem que ser capaz de captar o que é essência e o que é acessório. Desta distinção depende o sucesso, mais interventivo que estético, da fotografia.
O público que assiste atento ao cronológico desenvolvimento da fotografia exige desta uma maior subjectividade. Esta ambiguidade de sentidos prende-se com necessidade que o espectador tem de ter que pensar a foto. Sentimos a obrigatoria necessidade de raciocinar sobre o objectivo final da fotografia, não queremos ser empurrados para a imagem descartável e facilmente consumível, preferimos a descoberta, o encaixar de um quebra cabeças. Mas, a aplicação desta subjectividade deve ser comedida. Não queremos que seja fácil, mas também não queremos que seja indecifrável, pelo menos para a maioria. Deste modo, a fotografia perdia todo o seu caracter interventido e seria apenas um manifesto para alguns, tornar-se-ia elitista. A fotografia é de todos e para todos a perceberem e discutirem!A fotografia trás recordações, arrasta uma infinidade de sentimentos ou simplesmente marca! Mas está intimamente ligada ao captar da espontaneidade de um gesto ou momento que são irrepetíveis perdurando no tempo e no espaço. A imagem fotográfica fica como uma impressão digital em que cada traço é único e inconfundível. Será esta uma arte duvidosa? Sim, mas nenhuma filosofia temática vai desmontar este enorme castelo de cartas que é a duvida sobre a fotografia. Às vezes basta um simpes sopro e passamos a ver tudo de uma forma diferente ou então permanecemos em bicos de pés neste castelo duvidoso que nos proporciona incriveis dicertações, não pretensiosas, sobre o mundo da fotografia.
sexta-feira, 16 de março de 2007
Why?
I wait longing for you, baby.
There's no one around me, wanting me...
Cause you know, and I know, enough to understand.
quarta-feira, 14 de março de 2007
quinta-feira, 8 de março de 2007
Descobrir Amesterdão
Amesterdão é o título de uma história escrita com simplicidade que nos prende desde a primeira página. Um funeral, uma amante em comum e um pacto cujas consequências ninguém pode prever são o mote para esta sátira moral contemporânea. Um romance revelador do talento de Ian McEwan, que combina ironia e humor com uma enorme sabedoria. ..é assim Amesterdão!
Vencedor do Booker Prize em 1998.
Vencedor do Booker Prize em 1998.
domingo, 4 de março de 2007
Som inebriante
Bonobo é Simon Green, compositor, Dj, produtor....músico! Um inglês que me conquistou com o seu som inebriante. Depois do lançamento de dois álbuns, Days to come de 2006 é mais uma surpresa que me não deixa ninguém duvidar da sua genialidade. Ketto é um dos temas do novo álbum que me tem acompanhado nas viagens de comboio das últimas semanas.
Deliciar-me com Moon River
Para começar não há nada melhor que um Breakfast at Tiffany's.
Henry Mancini e Johnny Mercer juntam-se para compor um dos temas mais deliciosos. Inesquecível pela voz de Sinatra, delicado pela de Sarah Brightman, penetrante pela de Barbara Streisand...e perfeito pela de Audrey Hepburn!
Talento e charme... num filme que me continua a despertar os sentidos!
Moon River, wider than a mile,
I'm crossing you in style some day.
Oh, dream maker, you heart breaker,
wherever you're going I'm going your way.
Two drifters off to see the world.
There's such a lot of world to see.
We're after the same rainbow's end
waiting 'round the bend,
my huckleberry friend,
Moon River and me.
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